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domingo, 24 de novembro de 2013

A HORA DE DESCANSAR.
Chegou um tanto preocupado.
De cobertor e papelão sob os braços
Olhou atento para os lados
Observou os transeuntes apressados!
Sob o terminal
Encontrou um refúgio, uma proteção 
Sem exitar 
Obedecendo o cansaço do corpo ...
Depositou sua casa no chão concretado da selva de pedra 
transformou em cama toda mobilha mochila, cobertor, papelão
E o instinto de adaptar-se fez 
Cobertor, travesseiro, colchão. 
observou mais uma vez o cenário caótico da selva
Quis isolar-se do mundo cruel e gelado daquela noite 
Cobriu-se e se fez embrulho invisível
O mundo e seu mundo ignoravam-se completamente
Na realidade nua e crua do cenário cinzento
Como somos feitos de sonhos
Ele sonhou com um dia em que não seria mais morador de rua
Estranhou aquele sonho distante
Incomodou-se!
Remexeu-se, levantou-se!
E com os pensamentos revoltos
Saiu sonhando acordado
Sem rumo
Cambaleante
Desvairado de fome, de sede, de sonho!
Quando caiu em si
Obrigou-se à batalha da sobrevivência.
Precisava comer, beber, viver!
O mundo reduziu-se a cenário de Guerra
A Guerra dos moradores do sub mundo da Megalópoles paulistana.

Autor: Luiz Carlos de Souza.


quarta-feira, 13 de novembro de 2013


ESTUDO DA SEMÂNTICA. L. PORTUGUESA.
NOMENCLATURA

CONCEITO
EXEMPLO
OBSERVAÇÃO
HIPÔNIMO
Relação similar que se dar entre palavras, quando o sentido de uma está incluído no sentido da outra, é o item lexical mais específico, contem todas as outras propriedades.

Pastor-alemão – cachorro – animal.

Pastor-alemão é hipônimo da cadeia apresentada.
HIPERÔNIMO
Item lexical que está contido nos outros lexicais, mas não contem nenhuma das outras propriedades da cadeia, é o termo mais geral

Pastor-alemão – cachorro – animal.
Animal é o hiperônimo da cadeia apresentada.
ACARRETAMENTO
Relação existente entre as sentenças, quando o sentido de uma está incluído no sentido da outra. É quando estendemos a noção de hiponímia para as sentenças.
Isto é uma cadeira e é de madeira.
Para gerar acarretamento, sendo a sentença A verdadeira, a sentença B consequentemente também será. Seria contraditório afirmar a primeira e negar a segunda.

PRESSUPOSIÇÃO
É uma não sócio-pragmática. Diz-se que uma informação é pressuposta, quando ela se mantem, mesmo que neguemos a sentença que veicula.
O carro parou de trepidar depois que foi ao mecânico.

O carro não parou de trepidar mesmo depois de ir ao mecânico.
Em ambas as informações, o carro trepidava, mesmo negando a 1ª informação.
SINONÍMIA
É identidade de significados. Só podemos pensa-lá no contexto da frase, ela está apenas no significado conceitual da palavra sem qualquer associação ou registro.


Toda menina sonha virar mulher um dia.

Toda garota sonha virar mulher um dia.
Veja que não foi alterada a verdade ou a falsidade das sentenças, porque – menina e garota – tem o mesmo sento e referência em ambas as sentenças.
PARÁFRASE
É a sinonímia entre as frases e/ou sentenças. O que interessa na paráfrase é o conteúdo explicito.
Aquelas mulheres do carro estão chamando.

Aquelas senhoras do carro estão chamando.

Aquelas damas do carro estão chamando.
As três sentenças possuem o mesmo conteúdo ou se equivalem semanticamente.
ANTONÍMIA
A antonímia é uma oposição de sentido entre as palavras, mas há exceção. Ela comporta três tipos : Binário, Inverso e gradativo.
BINÁRIO – morto/vivo.

INVERSO –
pai/filho.

GRADATIVO – quente/frio.
A definição de antonímia como oposição de sentido entre palavras, não é suficiente, visto que o sentido das palavras podem se opor de várias formas.
CONTRADIÇÃO
É oposição de sentido na frase e/ou sentença, ou seja, á a antonímia na frase e/ou sentença. Ela está ligada intimamente à noção de acarretamento.
O João beijou a Maria, mas a Maria não foi beijada pelo João.
A contradição está no fato de que os dois fatos descritos pela sentença não podem se realizar ao mesmo tempo e nem nas mesmas circunstâncias no mundo.
ANOMALIA
São sentenças bem construídas gramaticalmente, mas que são claramente incoerente ou totalmente sem sentido e não geram nenhum tipo de acarretamento.
A raiz quadrada da mesa de Mila bebe humanidade.
As vezes as noções de contradição e anomalia se confundem, mas na contradição, se separarmos as sentenças, encontramos verdades nas duas. Na anomalia não, é completamente sem sentido.
DÊIXIS















A dêixis serve para identificar pessoa, coisas, momentos e lugares a partir do contexto (situação da fala), podendo se estender de uma maneira mais geral para os pronomes pessoais, tempos de verbos e advérbios de tempo e de lugar.
Este gato é muito bonito.

Eu adoro chocolates.

Aqui é o País da impunidade.

Aquele ali, eu levo.
Só podemos entender as expressões, se nos remetermos ao contexto de fala. O falante tem que apontar o gato; o ouvinte tem que localizar o indivíduo que fala; o ouvinte tem que saber onde o falante está situado; o objeto deve ser apontado para ser identificado.



ANÁFORA
A anáfora também serve para identificar, pessoas, objetos, momento, lugares e ações, mas isso se dá por uma referência a outros já mencionados no discurso ou sentença anteriormente.
Tem uma mulher ai fora.
Ela quer vender livros.
Veja que: “mulher “ e “ela”, têm a mesma referência no mundo.
Dizemos que uma expressão é interpretada anaforicamente quando sua interpretação é derivada da expressão antecedente.
AMBIGUIDADE
É um fenômeno semântico que só pode ser resolvido no contexto.
João adora aquele canto.
Para a ambiguidade, o contexto tem a função selecionar qual sentido será utilizado.
VAGUEZA
A vagueza também é um fenômeno semântico que só pode se resolvido no contexto
Este prédio é alto.
Para a vagueza, o contexto pode apenas acrescentar algumas especificidades que não está contida na própria expressão.
INDICIALIDADE
É um fenômeno que pode ser confundido com a vagueza, está associada a dêixis
Estou aqui. Venha me ver.
A indicialidade está em expressões cujas referências variam de contexto, mas os sentidos continuam constates .
TIPOS DE AMBIGUIDADES.
LEXICAL - Ocorre quando uma dupla interpretação incide sobre um item lexical

LEXICAL HOMÔNIMA – Ex: estou indo ao banco neste momento.

LEXICAL POLISSÊMICA – Exs: pé da cadeira, pé da mesa, pé da página etc.

VAGUEZA COM PREPOSIÇÕES – Ex: O quadro da Maria é muito bonito.

SINTÁTICA – Ex: Homens e mulheres competentes têm os melhores empregos.

ESCOPO – Todos os alunos comeram seis sanduíches.

OBSERVE:

Nesses casos, a ambiguidade se dá no nível semântico da frase.





ESTUDO DA SEMÂNTICA. L. PORTUGUESA V – UNINOVE.
NOMENCLATURA
CONCEITO
EXEMPLO
OBSERVAÇÃO

PAPÉIS TEMÁTICOS
São fenômenos semânticos que são tratados mais frequentemente dentro de uma perspectiva mentalista . Quando vistos sob uma ótica semântica, são assumidos como representações mentais que dizem respeito à ligação entre conceito mental e sentido.
O João quebrou o vaso com um martelo.

O vaso quebrou com um martel.

Um martelo quebrou o vaso.
Noa três exemplos o vaso e o martelo têm a mesma função semântica, ou seja, um é paciente de uma ação e o outro o instrumento.
TIPOS DE PAPÉIS SEMÂNTICOS
NOMENCLATURA
CONCEITO
EXEMPLO
OBSERVAÇÃO
AGENTE
Aquele que desencadeia uma ação capaz de agir com controle.
O João lavou o carro.

A Maria correu.
Veja que tanto o João como a Maria têm o papel temático de uma ação. Lavou, correu e têm o controle delas.
CAUSA
Aquele que desencadeia uma ação sem controle.
As provas preocupam a Maria.

O Sol queimou a plantação.
As provas e o Sol, são papéis temáticos que fogem do controle dos sujeitos que recebem a ação. Nem a Maria nem a Plantação têm controle da causa do que age neles.
INSTRUMENTO
É o meio pala qual a ação é desencadeada.
O João colou o vaso com cola.

A Maria escreveu a carta com uma caneta esferográfica.
Os papéis temáticos: vaso e caneta, são os desencadeadores das ações colar e escrever
PACIENTE
Aquele que sofre o efeito de alguma ação, havendo mudança de estado.
O João quebrou o vaso.

O acidente machucou a Maria.
Vejam que o vaso e a Maria, que são os papéis temático, mudaram-se de estado. Um quebrou-se a outra, machucou-se.
TEMA
Aquele que se desloca através de uma ação.
O João jogou a bola para a Maria.

A bola atingiu o alvo.
A bola nos dois exemplos é o papel temático. Ela se desloca, para a maria e para o alvo.
EXPERIENCIADOR
Aquele que mudou ou está em um determinado estado mental, perceptual ou psicológico.
O João pensou na Maria.

O João viu um pássaro.

O João gosta da Maria.
João é o papel temático nos três exemplos. Pensa, percebe e sente.
BENEFICIÁRIO
Aquele que se beneficia pela ação.
O João pagou a maria.

O João presenteou a Maria.
A maria é o papel temático em ambos os exemplos. Se beneficia com a ação do João.
OBJETIVO
Aquele a quem se faz referência, sem que essa desencadeie algo ou o afete.
O João leu um livro.

O João ama a Maria.
Os papéis temáticos: um livro e a maria, não são afetado pelas ações do João.
LOCATIVO
É o lugar onde algo está situado ou acontece.
Eu nasci em Belo Horizonte.

O show aconteceu no teatro.


Veja que os papéis temáticos: Belo Horizonte e teatro indicam lugares onde algo aconteceu.
ALVO
Aquele que recebe algo que se move em sua direção, no sentido literal ou metafórico.
A Sara jogou a bola para o policial.

O João contou piada para seus amigos.


Os papéis temáticos: o policial e amigos, são alvo de algo vindo das ações da sara e do João.

FONTE
Aquele de onde algo se move, tanto no sentido literal como metafórico.
O João voltou de Paris.

O João tirou aquela ideia do artigo do Chomsky.



Os papéis temáticos: paris e Chomsky, são lugares de onde algo se move.
ESTRUTURA ARGUMENTAL DOS VERBOS.



A cada tipo de verbo são associados diferente tipos de papéis temáticos, que fazem parte do conhecimento semântico da língua que o falante adquire. Essas informações, d certa forma estão estocadas no léxico.

O verbo colocar é bitransitivo e nos dá informação semântica de que existe um agente, um tema e um locativo:

João colocou o livro na mesa.

Colocar – (Agente, Tema, Locativo).
No exemplo, o sujeito é o agente, o tema é o objeto e o locativo é o objeto indireto, ou seja, João agente – livro objeto – mesa objeto indireto.




VERBOS QUE FORMA UMA CLASSE SEMÂNTICA ESPECÍFICA DE ACORDO COM SUA ESTRUTURA.
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NOMENCLATURA CONCEITO EXEMPLO OBSERVAÇÃO
VERBO DE TRANSFERÊNCIA.

VERBOS PSICILÓGICOS.

VERBOS DE TRAJETÓRIA.
São verbos que expressam uma transferência a partir do agente da ação.

Dar, emprestar, doar, pagar etc., DE TRANFERÊNCIA.

Amar, detestar, adorar, admirar etc., PSICOLÓGICOS.

vir, rir, andar etc., DE TRAJETÓRIA.


Note que é uma maneira interessante de descrever características semânticas semelhantes.

De transferência: (Agente, Tema, Alvo).

Psicológico: (Experienciador, Tema).

De trajetória: (Agente, Fonte, Alvo)





MOTIVAÇÃO EMPÍRICA PARA O ESTUDO DOS PAPÉIS TEMÁTICOS.

NOMENCLATURA

CONCEITO

EXEMPLO

OBSERVAÇÃO
ERGATIVIZAÇÃO
É uma propriedade sintática, assim como a passivação, originada na alternância verbal de um item
O José quebrou /espatifou um vaso de barro.

O José possui/adora um vaso de barro.
Na ergativização, há uma reorganização da estrutura argumental canônica do verbo e o sujeito da sentença é omitido, deixando vaga a primeira 1ª posição argumental e alçando, para essa posição, o complemento.

PASSIVAÇÃO.
Toda sentença cujo argumento externo tenha como acarretamento a propriedade semântica do controle ou do desencadeamento direto.



O diabo possui o homem totalmente.

O homem foi possuído pelo diabo.


Observe que o controle das sentenças são pressuposto por parte de seus sujeito gramaticais.






TABELA FEITA POR: Jurandir Matias de Araújo.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013


A CAÇADA.
Conto de Lygia Fagundes Telles.
RESUMO:
POR: Jurandir Matias de Araújo.

Um homem e uma velha. Ele supostamente já havia frequentado o antiquário antes, ela supostamente a dona da loja. Tudo começa quando ele entra na loja e toca com as pontas dos dedos uma pilha de quadros, observa o ambiente e assiste o vou de uma mariposa que choca-se numa imagem de mãos decepadas. O homem acha a imagem bonita e a velha diz que é um são francisco. Entregando sua familiaridade com o lugar, ele lentamente se volta para uma peça de tapete que orna toda a parede do fundo do antiquário.
Se aproxima compassadamente do tapete, numa contemplação mística e misteriosa. A velha percebe e lamenta o interesse do homem, pois não podia vender aquela peça desgastada do tempo e carcomida pelas traças. O observador estendeu a mão, mas não conseguiu tocar a velharia, logo, disfarçando, dirigiu uma exclamação à mulher: - Parece mais nítida hoje! Ela lamentou o equívoco, mas o homem insistiu perguntando: - A senhora passou alguma coisa nele? Desconfiada, a velha disse que não e contou para ele que havia comprado o tapete de um estranho que precisava dinheiro.
A cena retratava uma caçada, motivo do deslumbramento do homem que respirava ofegante diante do senário retratado e do olhar desconfiado da senhora que saia disfarçadamente pedindo que ele ficasse a vontade, pois iria fazer um chá.
Na contemplação embevecente, o homem sentia fazer parte daquela cena, e naquele estupor, sentia os cheiros, a temperatura e a densidade do cenário que o puxava para si misticamente. Sua mente perturbada, duvidava de uma certeza insinuosa e o espectador se perguntava confuso: - será que eu era a caça ou o caçador ou o pintor da obra? Chegou a sentir o arquejar da caça supostamente escondida atrás de uma muita.
A alucinação o fez ter calafrios, recuou alguns passos num tipo de convencimento de que fazia parte inevitavelmente daquela caçada insinuosa. Indagou-se atordoado: - se odeio caçadas, porque estaria dento desta? Apertou o lenço contra a boca que principiava uma náusea que queria despejar aquela forte familiaridade com a cena do tapete.
De repente, sua cabeça vergou-se para trás, como se alguém a tivesse puxado. O estuporado assustou-se na exagerância de sua fascinação. Saiu da loja, vagou pelas ruas, entrou num cinema, sentiu-se moído como se tivesse tomado uma surra, voltou ao antiquário e deu com as portas fechadas, mesmo assim, achatou a cara assustada e cansada na vitrina e olhou o tapete impiedoso. Foi para casa, deitou-se de bruços e olhos fixos da escuridão do quarto. Entorpecido, abraçou-se com o delírio diurno e chegou a ouviu as palavras desdenhosas da velha entoadas com risadas abafadas de traças. Indagou incrédulo uma suposta loucura.
Cedinho chegou à loja de antiguidade e se deparou com o muxoxo da velha que não se incomodava mais com a estranheza dele. Adentrou, parou diante do tapete, sentiu mais fortemente o cheiro do mato e o frio da madrugada da cena misteriosa. Quando de repente, como que arrancado da realidade, viu os cenários se fundirem. A loja e a pintura no tapete, eram a mesma coisa e ele se viu por entre as árvores, se sentindo hora a caça, hora o caçador. Tentou recuar, mas não conseguiu, estava inevitavelmente dentro da cena. Sentiu desejo enorme de correr, viu a moita e mergulhou nela. Colocou as mãos no rosto abrasado, abriu a boca e lembrou-se! Gritou quando ouviu o assovio da seta ferindo a folhagem.
A dor pontiaguda desferiu-lhe! Gritou um não dolorido e gemeu de joelhos, tentou ainda agarrar-se a tapeçaria, mas rolou encolhido com a mão no coração.
Morreu!



terça-feira, 29 de outubro de 2013


DECLARAÇÃO DE SALAMANCA.
Sobre Princípios, políticas e Práticas na área das Necessidades Educativas Especiais.
Espanha, entre 7 e10 de 1994.

RESUMO.
Por: Matias de Araújo, Jurandir


Esse documento das Nações Unidas, demanda que os Estados assegurem que a educação de pessoas com deficiências seja parte integrante do Sistema Educacional; envolvendo governos, grupos de advocacia, comunidade e pais, e em particular, organizações de pessoas com deficiência; na busca de melhorias no acesso à educação para aqueles cujas necessidades espaciais, ainda encontram-se desprovidas dela.
Trava uma batalha integrada, visando combater a exclusão através da participação de crianças e jovens no ambiente escolar, com os profissionais da educação, colegas, pais, familiares e voluntários. Unindo-se ao compromisso e disposição dos indivíduos que compõem a sociedade. As crianças devem passar pelo processo de aprendizagem juntas, independentemente de quaisquer dificuldade, adequando-se o currículo escolar. Separá-las por classes especiais, só em casos de a sala regular não ser capaz de atender as necessidades ou o bem está dos alunos.
Enquanto os Países desenvolvidos possuem poucas ou nenhuma escola espacial, os subdesenvolvidos gastam muito com esse tipo de escola, devido a falta de estrutura governamental do País que vise a integração das crianças num sistema inclusivo de educação. Há também a falta de investimento direcionado à qualificação dos profissionais que atuam na área da educação de crianças e jovens. Isso se reflete na divisão de classes, onde uma pequena minoria, filhos da elite se beneficiem com as escolas especiais e a grande maioria, filhos dos assalariados são desprovidos desses servição, tão importantes para o desenvolvimento de um Paós que se prese.
Uma grande quantidade de adultos, em grande maioria, mulheres com deficiências, estão desprovidos da educação básica nas regiões em desenvolvimento em todo o mundo, devido a um passado que subestimou a inteligência do deficiente em geral.
Precisam dar as mãos: educação integrada e reabilitação comunitária, visto que compartilham os princípios de inclusão e integração, afim de promover a igualdade de oportunidades para todas as crianças, jovens e adultos, em um ambiente, sempre que possível integrado, assim como o acesso deles a escolas em seus próprios bairros ou comunidades. As exceções só devem ser feitas quando analisados os casos em que a educação seja requerida em instituições especiais.
Para que se atinja a educação para todos, será preciso praticar a desmaginalização das pessoas com deficiência, oferecendo educação secundária e superior para todos, sem descriminação de sexo, cor ou diferenças individuais, pois todos temos os mesmos direitos como seres humanos que somos, incluindo todos os deficientes, sejam as deficiências múltiplas ou não. Deve-se levar em consideração todas as diferenças individuais. Garantir que os surdos se eduquem em sua língua de sinais.
O progresso da inclusão social, deveria ser monitorado por estatísticas, para apurar o número de pessoas deficientes que se beneficiam com os recursos, assim como um engajamento entre agências semi-publicas e organizações não governamentais, para atrair o apoio da comunidade em benefício da educação especial.
As escolas inclusivas que demandam serviços a alunos variados, seja nas cidades ou nas áreas afastadas, requerem políticas fortes que ofereçam informações publicas para o combate ao preconceito; programas de orientação profissional e treinamento, para que os profissionais levem em consideração as diferenças de necessidades das crianças, adaptando o currículo à essas necessidades especiais, visando as habilidades e interesses dos alunos. O ensino deve ser voltado para as experiências e preocupações práticas dos alunos, no sentido de motivá-los e para a identificação das dificuldades, ajudando-os a superá-las.
O aparato tecnológico deveria ser usado para aprimorar o currículo da escola, contribuindo para a aprendizagem; viabilizar pesquisas em nível nacional, no desenvolvimento de sistemas tecnológicos capazes de fazer circular materiais e equipamentos úteis às pessoas com necessidades especiais.
O bom andamento de uma escola inclusiva, depende da cooperação entre ela, professores, familiares, comunidade e o pessoal de apoio, ou seja, um trabalho em grupo para atender as necessidades dos alunos em geral.
Os administradores das escolas, deveria levar a sério o recrutamento de professores “modelos” (portadores de deficiências que obtiveram sucesso) para servirem de exemplos para os alunos, assim como um engajamento com as universidades, visando aconselhar-se acerca do processo de desenvolvimento da educação especial.
Para que as escolas obtivessem sucesso no processo de inclusão dos alunos, deveriam ser amparadas pelas autoridades educacionais, no sentido de ter apoio das instituições de treinamento de professores e dos profissionais das escolas especiais; de agências e departamentos ligados a educação especial. Deveriam desenvolver planos educacionais direcionados para os alunos especiais nas áreas da educação infantil, preparação para a vida adulta, educação para meninas, educação de adultos e estudos posteriores, visando a formação de cidadãos ativos.
Por fim, é bom saber que não são só o ministério da educação e as escolas que concretizarão o objetivo de uma educação inclusiva bem sucedida, cabe também à cooperação dos familiares, o engajamento da sociedade, organizações voluntárias e conscientização. Unindo-se todos para construírem uma sociedade inclusiva, não só nas escolas, mas expandida.
A Declaração de Salamanca sem dúvida, foi/é um importante marco para a educação de pessoas com deficiências. Antes dela, regras dividiam a Educação em Especial e Institucional. Hoje ela corre para uma Educação Inclusiva obedecendo o direito adquirido: “todos os alunos com deficiência ou não, devem estudar juntos”.
WEBGRAFIA:

portal.mec.gov.be/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf






IMAGENS DA SOCIEDADE NA POESIA MEDERNISTA
(MÁRIO E OSWALD DE ANDRADE).
De: Marcos Rogério Cordeiro Fernandes.


FICHAMENTO RESUMO DO ARTIGO.
Por: Matias de Araújo, Jurandir

Mário e Oswald de Andrade são dois poetas distintos entre si. Suas poesias contribuem muito para se fazer uma análise acerca de certas características da sociedade brasileira em meados do século XX, introduzindo no Brasil problemas de ordem crítica muito importante. Havia um paradoxo cultural sendo vivido intensamente nas duas primeiras décadas deste século. Dentro do País, ainda reinava um gosto estético preso às tradições e regras. Fora dele, via-se um gosto estético moderno, conquistado pelos movimentos vanguardistas.
Mário e Oswald inserem-se no contexto modernista de uma forma especial, porque procuram atar as duas pontas: a do gosto estético que predominava internamente e o que já vigorava lá fora. Ambos os autores, articulam poeticamente duas faces; uma explora as conquistas vanguardistas européias, a outra, produz uma poesia instigadora de reflexão acerca das transformações sociais que ocorriam no País.
Antes dessas transformações, a cidade de São Paulo era demograficamente rala, por isso, a pressão econômica era mínima. Foi a partir dos últimos vinte ou trinta anos do século XX que a cidade começou a crescer velozmente. Estre as décadas de 70 e 80, o Estado de São Paulo já era o terceiro maior produtor de café do País e em 1990, já era o primeiro. Com o aporte de investimento, atraiu trabalhadores de todas as espécies e com isso, o número de habitantes cresceu enormemente. Já em 1920, ganhou o título de cidade número um em densidade populacional.
Tudo isso, causou grandes mudanças no cerco urbano da cidade, várias classes se entrecruzavam desempenhando variadas funções, obrigando uma redefinição de sua disposição urbana e as classes se dividiram por regiões. Aparece então uma nova realidade que nasce no centro da cidade, o qual se tornou ponto de encontro das diferentes culturas, surgindo assim uma grande massa heterogênea de habitantes, formada pelos seguimentos sociais, étnicos e regionais; diversos entre si.
Essa heterogeneidade toda, serviu de pano de fundo para as transformações da sensibilidade moderna que interferindo no modo de enxergar a cidade, daqueles que a habita, modificou também a capacidade de enxergar a si mesmos. Como consequência, produz-se um paradoxo que se desdobra na fragmentação subjetiva do sujeito urbano.
Esse cenário modificado e heterogêneo e fragmentado, se transforma no cenário perfeito para a poesia moderna que reflete tudo isso. A linguagem literária se renova abarcando termos como: urbanidade, modernidade e subjetividade.
Foi nesse cenário revolto, que Mário e Oswald de Andrade, introduziram (mesmo tendo concepções diferentes e próprias da estética) esse conjunto de temas e problemas em suas produções literárias.

FALANDO DA POESIA E SOCIEDADE EM MÁRIO DE ANDRADE:
A subjetividade social como medida lírica.

É justamente esse ambiente em formação que irá configurar o centro problemático da poesia moderna de Mário. É através da poesia lírica, que o autor revela os impasses do mundo objetivo e concreto. Em função do conjunto de problemas sociais, Mário produziu seu primeiro livro em 1922, o chamado “Paulicéia Desvairada”. Com essa obra, quis personificar a Cidade de São Paulo e qualificar essa personificação, escolhendo o desvairismo que carrega um teor de velocidade, assim como as transformações modernas.
Nesse contexto é a cidade que condiciona e organiza os elementos que estruturam a poesia moderna. O sujeito é um elemento que media o literário e o extraliterário, um sujeito de impressões momentâneas e fragmentada. É o homem coisificado penetrado pela alienação e fragmentação das coisas em seu último refúgio.
Mário se utiliza de recursos típicos da poética moderna para dá à cidade uma presença rarefeita, ficando assim registrado que a cidade se forma e nasce na poesia. Realizando duplo movimento, Mário, de um lado, caminha de dentro para fora do sujeito e do outro de fora para dentro. Na poética do autor, a cidade passa a figurar como um indivíduo com ideias, sentimentos e sensações, exaurindo o sujeito numa fragmentação subjetiva ao mesmo tempo que reconstrói o mundo objetivo causando estranheza e esse sujeito, mas em comunhão co ele. O autor procura através de sua poesia equilibrar as notações dos aspectos da cidade com o tumulto das sensações do homem moderno na multidão em suas áreas de convívio. Mário procurou romper a unidade coerente em si mesma do sujeito lírico, ao contrário do que pretendia o Romantismo.

FALANDO DA POESIA DE OSWALD DE ANDRADE:
História social pelo prisma minimalista.

A poesia de Oswald constitui o ponto de partida da renovação radical da linguagem poética no Brasil, imprimindo um estilo mais objetivo, seco e coeso, construído por fragmentos aleatórios sem fundo lírico. Nenhum outro poeta havia alcançado esse feito poético. O autor incorporou para a linguagem poética a linguagem anti-intelectualizada do cidadão mal e analfabeto, desfiando o jargão poético dominante. Punha a cultura brasileira em dia com a moda que imitava, põe em ata tudo aquilo que os modernistas consideravam essencial para desprovincializar a cultura do País para a atualização da inteligência artística e pesquisa estética continuada.
A poesia oswaldiana, à primeira vista parece imediatamente compreensível, porém, de perto e por dentro, ela mostra uma estrutura complexa, cheia de nuanças formais e argucias de estilo. Oswald, emprega uma técnica de construção, numa linguagem artística peculiar, criada por ele. Sua poesia se notabiliza justamente Por desfazer-se de traços poéticos, esses são encontrados em sua técnica. Para captar a força da poesia do autor, é preciso compreender os problemas de forma e estrutura que apresenta. Ele se utiliza da técnica da bricolagem, justapondo as imagens, ideias e conceitos, não só nos poemas, mas nos romances, crônicas, memórias e manifestos, alterando a noção de tempo e espaço, implícitos na obra de arte.
O efeito conseguido põe a obra de Oswald como percursora da tendência construtivista no Brasil, que desemboca no concretismo de 1950. Oswald abandona a sintaxe tradicional e o resultado é uma poesia condessada, resumida, cheia de tensão que se assemelha a uma pintura cubista, é daí que vem a sintaxe despedaçada. O autor escreve de uma maneira que exige um novo tipo de leitor, marcado pelo paradoxo. Se por um lado, ele deverá expandir sua capacidade lúdica, por outro, ao mesmo tempo, ele deverá fazer funcionar sua capacidade crítica. Esse novo leitor, se encontra preso às armadilhas ilusionistas da arte. A poesia de Oswald, nem captura, nem seduz o leitor, ela o choca.
Oswald deixa o processo construtivo prevalecer sobre o discursivo. Revela-se assim, uma cidade de recantos privilegiados onde se pode enxergar como se fundem os valores progressistas com os atrasados.
Oswald concebeu o momento em que viveu, construiu uma espécie de alegoria do País, que diz que a sociedade brasileira se constitui de elementos díspares bastante distantes entre si, por vezes contraditórios.


CONCLUSÃO.

As poesias de Mário e Oswald de Andrade servem como chave para interpretar especificidades da realidade brasileira. Em primeiro lugar, tratando de questões estéticas; em segundo lugar, vemos que a configuração da sociedade na poesia deve ser encarada com suspeição, uma vez que tal representação se encontra constrangida por questões de ordem estética, de modo mais intenso do que encontramos na prosa.
É partir da poesia que Mário aprofunda a investigação a respeito da subjetividade humana que se transforma rápida e radicalmente, no limiar da modernidade. Oswald por sua vez, parte do princípio de que tal subjetividade é elemento dispensável na poesia. Daí seus poemas apresentarem uma fatura seca, objetiva, analítica.
WEBGRAFIA:





segunda-feira, 24 de junho de 2013

grupo do blogger:



Daiane,

Jurandir matias,

Luiz Carlos,

Simone Sena,

Willians Galdino.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Prática de Ensino



Prática de Ensino


Assunto: “O dia a dia dos trabalhadores que vivem nas grandes metrópoles, enfrentando um vai e vem da vida”.


Objetivos:

- Apontar e levantar questões relacionados ao tema;
- Diagnosticar o que o aluno sabe e pensa a respeito do assunto;
- Introduzir novos conhecimentos.

Transporte coletivo é a solução


O transporte público eficiente é a solução para a maior parte dos problemas no trânsito das grandes cidades brasileiras. Nos últimos dez anos, a frota de veículos do País dobrou, chegando a 60 milhões de unidades. O impacto nas vias urbanas é visível nas grandes cidades e em municípios de médio porte, que já sofrem com o caos dos engarrafamentos.
O Ministério das Cidades está ciente do problema, mas trabalha com um meio termo entre incentivo à compra de carros – que aquece a indústria e cria empregos – e a redução do fluxo de veículos nas ruas. “A indústria automobilística é geradora de emprego e renda e, por isso, é incentivada pelo governo federal. Nosso objetivo é convencer até mesmo famílias com mais de dois carros a usar o transporte público”, afirma o Secretário Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima.


http://www.brasil.gov.br/sobre/cidadania/gentileza-urbana/paz-no-transito/transporte-coletivo-e-a-solucao.


Primeiro Passo
Procedimentos:

1º momento: A sala estará organizada em semicírculo. Como o tema abordado é de fácil compreensão, atualizado e de conhecimento no meio social o educador começa fazendo perguntas simples de maneira a sondar o conhecimento dos alunos a respeito do assunto. Principiaria da seguinte maneira: Qual o principal meio de transporte utilizado por vocês? Vocês estão satisfeitos? (Em seguida mostraria a seguinte imagem).


Alguém identifica a cena apresentada? Já presenciou algo parecido?

(Em seguida mostra uma segunda imagem, agora bem próximo do cotidiano dos alunos).

Agora faço a vocês as mesmas perguntas anteriores. Digam o que lhes vêm à mente ao observar esta imagem.
https://www.google.com.br//transportesptsp.blogspot.com.br/2012/06/panenometro-falha-deixa-trem-do-metro.html


O professor correlacionaria os conhecimentos, fazendo uma ponte entre o saber dos alunos e o assunto a ser abordado. Listando na lousa, os principais pontos destacados pelos alunos.

Segundo passo

2º momento: Será a apresentação do texto, corroborando com o assunto que foi abordado no primeiro passo.
O texto será compartilhado, de maneira que todos participem e ampliem a proposta de compreensão do texto.


Rodo Cotidiano
Ô ÔÔÔÔ my brother (4x)

É...

A ideia lá comia solta

Subia a manga amarrotada social

No calor alumínio nem caneta nem papel

Uma ideia fugia

Era o rodo cotidiano (2x)

Espaço é curto quase um curral

Na mochila amassada uma quentinha abafada

Meu troco é pouco, é quase nada (2x)



Ô ÔÔÔÔ my brother (4x)

Não se anda por onde gosta

Mas por aqui não tem jeito, todo mundo se encosta

Ela some é lá no ralo de gente

Ela é linda mas não tem nome

É comum e é normal

Sou mais um no Brasil da Central

Da minhoca de metal que corta as ruas

Da minhoca de metal

É... como um concorde apressado cheio de força

Que voa, voa mais pesado que o ar

E o avião, o avião, o avião do trabalhador



Ô ÔÔÔÔ my brother (4x)

É... espaço é curto quase um curral

Na mochila amassada uma vidinha abafada

Meu troco é pouco, é quase nada (2x)

Não se anda por onde gosta

Mas por aqui não tem jeito, todo mundo se encosta

Ela some é lá no ralo de gente

Ela é linda mas não tem nome

É comum e é normal

Sou mais um no Brasil da Central

Da minhoca de metal que entorta as ruas

Da minhoca de metal que entorta as ruas

Como um Concorde apressado cheio de força

Voa, voa mais pesado que o ar

E o avião, o avião, o avião do trabalhador


(O Rappa)

 3º momento: O professor pedirá que os alunos expliquem em apenas uma frase o que entenderam sobre os textos lidos.

Terceiro passo

Teatro.

4º momento: A proposta de compreensão do texto se dará com uma breve representação dos alunos. De acordo com os seguintes passos:

·         Cinco temas serão lançados, sendo respectivamente: Trabalho, Transporte, Mídia, Urbanização e Tecnologia.

  • A sala será dividida em grupos de até 7 pessoas;
  • Um sorteio será realizado sobre os temas;
  • Cada grupo ficará responsável em preparar uma encenação sobre o assunto que pegar;
  •  Será analisado a criatividade, participação, interação e contexto.

5º momento: Para dar continuidade ao trabalho desenvolvido, será solicitada a compreensão crítica na forma escrita, interpretação das questões abaixo:

Questões:

1º) Quais semelhanças você encontrou entre os textos trabalhados? Aponte-as.

2º) A vida social contemporânea nas grandes cidades, ganhou novas regras de convivência a partir de presença em massa de pessoas nessas regiões. Retire do texto uma passagem que comprove tal afirmação.
3º) O autor aborda no texto a questão da situação cotidiana das grandes cidades. Leia o seguinte trecho:

Meu troco é pouco, é quase nada (2x)
Não se anda por onde gosta
Mas por aqui não tem jeito, todo mundo se encosta
 Para você, qual a ideia que o autor pretende transmitir com este trecho?

4º)O que o autor quer dizer com a seguinte frase: “(...) o espaço é curto quase um curral”? Você concorda com a colocação do autor? Justifique.
5º) Analisando a letra da música “Rodo Cotidiano” a que conclusão você chegou em relação ao contexto em que ele foi escrito? Explique quais foram as pressuposições que o levou a esta finalidade.
6º) Você já presenciou alguma situação parecida com as imagens abordadas? Justifique sua resposta apontando um exemplo.
7º) Na sua opinião o que o autor ansiou dizer em “Sou mais um no Brasil da Central”?

Agora para finalizar, vejamos este vídeo:





Depois de vermos o vídeo da música Rodo Cotidiano. Responda as questões a seguir: 

1) Aponte um trecho do vídeo em que o autor revela a posição social que a letra se refere.

2) Especifique e determine as características do “eu” apresentado na letra da música.

3) Você se considera parte desse "Rodo Cotidiano". Explique por quê. 

4) Você acredita que os direitos dos cidadãos brasileiros estão sendo assegurados? Explique. 

5) O que precisa ser mudado para termos um transporte público de qualidade?