A HORA DE DESCANSAR.
Chegou um tanto preocupado.
De cobertor e papelão sob os braços
Olhou atento para os lados
Observou os transeuntes apressados!
Sob o terminal
Encontrou um refúgio, uma proteção
Sem exitar
Obedecendo o cansaço do corpo ...
Depositou sua casa no chão concretado da selva de pedra
transformou em cama toda mobilha mochila, cobertor, papelão
E o instinto de adaptar-se fez
Cobertor, travesseiro, colchão.
observou mais uma vez o cenário caótico da selva
Quis isolar-se do mundo cruel e gelado daquela noite
Cobriu-se e se fez embrulho invisível
O mundo e seu mundo ignoravam-se completamente
Na realidade nua e crua do cenário cinzento
Como somos feitos de sonhos
Ele sonhou com um dia em que não seria mais morador de rua
Estranhou aquele sonho distante
Incomodou-se!
Remexeu-se, levantou-se!
E com os pensamentos revoltos
Saiu sonhando acordado
Sem rumo
Cambaleante
Desvairado de fome, de sede, de sonho!
Quando caiu em si
Obrigou-se à batalha da sobrevivência.
Precisava comer, beber, viver!
O mundo reduziu-se a cenário de Guerra
A Guerra dos moradores do sub mundo da Megalópoles paulistana.
Autor: Luiz Carlos de Souza.
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