ESTUDO DA SEMÂNTICA. L. PORTUGUESA.
NOMENCLATURA
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CONCEITO
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EXEMPLO
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OBSERVAÇÃO
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HIPÔNIMO
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Relação similar que se dar entre palavras, quando o sentido de uma está incluído no sentido da outra, é o item lexical mais específico, contem todas as outras propriedades.
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Pastor-alemão – cachorro – animal.
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Pastor-alemão é hipônimo da cadeia apresentada.
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HIPERÔNIMO
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Item lexical que está contido nos outros lexicais, mas não contem nenhuma das outras propriedades da cadeia, é o termo mais geral
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Pastor-alemão – cachorro – animal.
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Animal é o hiperônimo da cadeia apresentada.
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ACARRETAMENTO
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Relação existente entre as sentenças, quando o sentido de uma está incluído no sentido da outra. É quando estendemos a noção de hiponímia para as sentenças.
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Isto é uma cadeira e é de madeira.
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Para gerar acarretamento, sendo a sentença A verdadeira, a sentença B consequentemente também será. Seria contraditório afirmar a primeira e negar a segunda.
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PRESSUPOSIÇÃO
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É uma não sócio-pragmática. Diz-se que uma informação é pressuposta, quando ela se mantem, mesmo que neguemos a sentença que veicula.
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O carro parou de trepidar depois que foi ao mecânico.
O carro não parou de trepidar mesmo depois de ir ao mecânico.
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Em ambas as informações, o carro trepidava, mesmo negando a 1ª informação.
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SINONÍMIA
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É identidade de significados. Só podemos pensa-lá no contexto da frase, ela está apenas no significado conceitual da palavra sem qualquer associação ou registro.
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Toda menina sonha virar mulher um dia.
Toda garota sonha virar mulher um dia.
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Veja que não foi alterada a verdade ou a falsidade das sentenças, porque – menina e garota – tem o mesmo sento e referência em ambas as sentenças.
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PARÁFRASE
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É a sinonímia entre as frases e/ou sentenças. O que interessa na paráfrase é o conteúdo explicito.
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Aquelas mulheres do carro estão chamando.
Aquelas senhoras do carro estão chamando.
Aquelas damas do carro estão chamando.
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As três sentenças possuem o mesmo conteúdo ou se equivalem semanticamente.
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ANTONÍMIA
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A antonímia é uma oposição de sentido entre as palavras, mas há exceção. Ela comporta três tipos : Binário, Inverso e gradativo.
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BINÁRIO – morto/vivo.
INVERSO –
pai/filho.
GRADATIVO – quente/frio.
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A definição de antonímia como oposição de sentido entre palavras, não é suficiente, visto que o sentido das palavras podem se opor de várias formas.
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CONTRADIÇÃO
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É oposição de sentido na frase e/ou sentença, ou seja, á a antonímia na frase e/ou sentença. Ela está ligada intimamente à noção de acarretamento.
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O João beijou a Maria, mas a Maria não foi beijada pelo João.
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A contradição está no fato de que os dois fatos descritos pela sentença não podem se realizar ao mesmo tempo e nem nas mesmas circunstâncias no mundo.
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ANOMALIA
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São sentenças bem construídas gramaticalmente, mas que são claramente incoerente ou totalmente sem sentido e não geram nenhum tipo de acarretamento.
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A raiz quadrada da mesa de Mila bebe humanidade.
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As vezes as noções de contradição e anomalia se confundem, mas na contradição, se separarmos as sentenças, encontramos verdades nas duas. Na anomalia não, é completamente sem sentido.
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DÊIXIS
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A dêixis serve para identificar pessoa, coisas, momentos e lugares a partir do contexto (situação da fala), podendo se estender de uma maneira mais geral para os pronomes pessoais, tempos de verbos e advérbios de tempo e de lugar.
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Este gato é muito bonito.
Eu adoro chocolates.
Aqui é o País da impunidade.
Aquele ali, eu levo.
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Só podemos entender as expressões, se nos remetermos ao contexto de fala. O falante tem que apontar o gato; o ouvinte tem que localizar o indivíduo que fala; o ouvinte tem que saber onde o falante está situado; o objeto deve ser apontado para ser identificado.
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ANÁFORA
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A anáfora também serve para identificar, pessoas, objetos, momento, lugares e ações, mas isso se dá por uma referência a outros já mencionados no discurso ou sentença anteriormente.
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Tem uma mulher ai fora.
Ela quer vender livros.
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Veja que: “mulher “ e “ela”, têm a mesma referência no mundo.
Dizemos que uma expressão é interpretada anaforicamente quando sua interpretação é derivada da expressão antecedente.
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AMBIGUIDADE
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É um fenômeno semântico que só pode ser resolvido no contexto.
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João adora aquele canto.
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Para a ambiguidade, o contexto tem a função selecionar qual sentido será utilizado.
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VAGUEZA
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A vagueza também é um fenômeno semântico que só pode se resolvido no contexto
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Este prédio é alto.
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Para a vagueza, o contexto pode apenas acrescentar algumas especificidades que não está contida na própria expressão.
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INDICIALIDADE
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É um fenômeno que pode ser confundido com a vagueza, está associada a dêixis
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Estou aqui. Venha me ver.
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A indicialidade está em expressões cujas referências variam de contexto, mas os sentidos continuam constates .
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TIPOS DE AMBIGUIDADES.
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LEXICAL - Ocorre quando uma dupla interpretação incide sobre um item lexical
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LEXICAL HOMÔNIMA – Ex: estou indo ao banco neste momento.
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LEXICAL POLISSÊMICA – Exs: pé da cadeira, pé da mesa, pé da página etc.
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VAGUEZA COM PREPOSIÇÕES – Ex: O quadro da Maria é muito bonito.
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SINTÁTICA – Ex: Homens e mulheres competentes têm os melhores empregos.
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ESCOPO – Todos os alunos comeram seis sanduíches.
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OBSERVE:
Nesses casos, a ambiguidade se dá no nível semântico da frase.
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ESTUDO DA SEMÂNTICA. L. PORTUGUESA V – UNINOVE.
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NOMENCLATURA
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CONCEITO
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EXEMPLO
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OBSERVAÇÃO
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PAPÉIS TEMÁTICOS
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São fenômenos semânticos que são tratados mais frequentemente dentro de uma perspectiva mentalista . Quando vistos sob uma ótica semântica, são assumidos como representações mentais que dizem respeito à ligação entre conceito mental e sentido.
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O João quebrou o vaso com um martelo.
O vaso quebrou com um martel.
Um martelo quebrou o vaso.
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Noa três exemplos o vaso e o martelo têm a mesma função semântica, ou seja, um é paciente de uma ação e o outro o instrumento.
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TIPOS DE PAPÉIS SEMÂNTICOS
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NOMENCLATURA
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CONCEITO
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EXEMPLO
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OBSERVAÇÃO
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AGENTE
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Aquele que desencadeia uma ação capaz de agir com controle.
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O João lavou o carro.
A Maria correu.
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Veja que tanto o João como a Maria têm o papel temático de uma ação. Lavou, correu e têm o controle delas.
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CAUSA
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Aquele que desencadeia uma ação sem controle.
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As provas preocupam a Maria.
O Sol queimou a plantação.
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As provas e o Sol, são papéis temáticos que fogem do controle dos sujeitos que recebem a ação. Nem a Maria nem a Plantação têm controle da causa do que age neles.
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INSTRUMENTO
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É o meio pala qual a ação é desencadeada.
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O João colou o vaso com cola.
A Maria escreveu a carta com uma caneta esferográfica.
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Os papéis temáticos: vaso e caneta, são os desencadeadores das ações colar e escrever
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PACIENTE
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Aquele que sofre o efeito de alguma ação, havendo mudança de estado.
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O João quebrou o vaso.
O acidente machucou a Maria.
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Vejam que o vaso e a Maria, que são os papéis temático, mudaram-se de estado. Um quebrou-se a outra, machucou-se.
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TEMA
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Aquele que se desloca através de uma ação.
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O João jogou a bola para a Maria.
A bola atingiu o alvo.
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A bola nos dois exemplos é o papel temático. Ela se desloca, para a maria e para o alvo.
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EXPERIENCIADOR
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Aquele que mudou ou está em um determinado estado mental, perceptual ou psicológico.
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O João pensou na Maria.
O João viu um pássaro.
O João gosta da Maria.
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João é o papel temático nos três exemplos. Pensa, percebe e sente.
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BENEFICIÁRIO
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Aquele que se beneficia pela ação.
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O João pagou a maria.
O João presenteou a Maria.
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A maria é o papel temático em ambos os exemplos. Se beneficia com a ação do João.
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OBJETIVO
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Aquele a quem se faz referência, sem que essa desencadeie algo ou o afete.
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O João leu um livro.
O João ama a Maria.
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Os papéis temáticos: um livro e a maria, não são afetado pelas ações do João.
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LOCATIVO
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É o lugar onde algo está situado ou acontece.
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Eu nasci em Belo Horizonte.
O show aconteceu no teatro.
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Veja que os papéis temáticos: Belo Horizonte e teatro indicam lugares onde algo aconteceu.
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ALVO
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Aquele que recebe algo que se move em sua direção, no sentido literal ou metafórico.
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A Sara jogou a bola para o policial.
O João contou piada para seus amigos.
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Os papéis temáticos: o policial e amigos, são alvo de algo vindo das ações da sara e do João.
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FONTE
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Aquele de onde algo se move, tanto no sentido literal como metafórico.
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O João voltou de Paris.
O João tirou aquela ideia do artigo do Chomsky.
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Os papéis temáticos: paris e Chomsky, são lugares de onde algo se move.
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ESTRUTURA ARGUMENTAL DOS VERBOS.
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A cada tipo de verbo são associados diferente tipos de papéis temáticos, que fazem parte do conhecimento semântico da língua que o falante adquire. Essas informações, d certa forma estão estocadas no léxico.
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O verbo colocar é bitransitivo e nos dá informação semântica de que existe um agente, um tema e um locativo:
João colocou o livro na mesa.
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Colocar – (Agente, Tema, Locativo).
No exemplo, o sujeito é o agente, o tema é o objeto e o locativo é o objeto indireto, ou seja, João agente – livro objeto – mesa objeto indireto.
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VERBOS QUE FORMA UMA CLASSE SEMÂNTICA ESPECÍFICA DE ACORDO COM SUA ESTRUTURA.
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NOMENCLATURA CONCEITO EXEMPLO OBSERVAÇÃO
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VERBO DE TRANSFERÊNCIA.
VERBOS PSICILÓGICOS.
VERBOS DE TRAJETÓRIA.
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São verbos que expressam uma transferência a partir do agente da ação.
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Dar, emprestar, doar, pagar etc., DE TRANFERÊNCIA.
Amar, detestar, adorar, admirar etc., PSICOLÓGICOS.
vir, rir, andar etc., DE TRAJETÓRIA.
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Note que é uma maneira interessante de descrever características semânticas semelhantes.
De transferência: (Agente, Tema, Alvo).
Psicológico: (Experienciador, Tema).
De trajetória: (Agente, Fonte, Alvo)
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MOTIVAÇÃO EMPÍRICA PARA O ESTUDO DOS PAPÉIS TEMÁTICOS.
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PASSIVAÇÃO.
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Toda sentença cujo argumento externo tenha como acarretamento a propriedade semântica do controle ou do desencadeamento direto.
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O diabo possui o homem totalmente.
O homem foi possuído pelo diabo.
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Observe que o controle das sentenças são pressuposto por parte de seus sujeito gramaticais.
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